A recente ofensiva judicial da BYD contra 37 influenciadores na China acusados de difamação online lança luz sobre um desafio crescente enfrentado por fabricantes de veículos elétricos: a disseminação de desinformação que mina a confiança do consumidor e freia a adoção de novas tecnologias.
Em 4 de junho, a BYD anunciou ações legais contra esses influenciadores e colocou outros 126 sob monitoramento, alegando que conteúdos falsos ou enganosos prejudicaram sua imagem e afetaram negativamente o setor automotivo como um todo. A empresa também oferece recompensas que variam de 50.000 a 5 milhões de yuans (aproximadamente US$ 6.900 a US$ 690.000) por informações verificadas sobre campanhas de desinformação direcionadas à empresa.
Essa postura reflete uma preocupação legítima: a desinformação pode distorcer percepções sobre segurança, desempenho e confiabilidade dos veículos elétricos, desestimulando potenciais compradores. A BYD afirma que as campanhas contra ela são “organizadas” ou “coordenadas”, embora não tenha apresentado evidências públicas que sustentem essa alegação.
É crucial distinguir entre críticas construtivas e desinformação maliciosa. Enquanto críticas fundamentadas podem impulsionar melhorias e inovação, informações falsas ou enganosas comprometem a integridade do debate público e podem ser utilizadas como ferramentas de concorrência desleal.
