Foi publicada a Diretriz Nacional sobre Ocupações Destinadas a Garagens e Locais com Sistemas de Alimentação de Veículos Elétricos (SAVE), documento que estabelece regras mínimas de segurança contra incêndio em estacionamentos e áreas que contam com pontos de recarga para veículos elétricos.
De acordo com o texto da diretriz, a medida tem como objetivo proteger vidas, o meio ambiente e o patrimônio, oferecendo parâmetros técnicos claros e atualizados para todo o país. O documento orienta os Corpos de Bombeiros Militares dos estados e também serve de referência para a construção civil, a indústria automotiva, o mercado imobiliário, síndicos e usuários de veículos.
Entre as exigências previstas, estão a instalação de pontos de desligamento manual próximos aos carregadores, identificação dos disjuntores, afastamento mínimo em áreas com apenas uma rota de saída, além da limitação ao uso de modos de recarga que não estejam dentro dos padrões técnicos mais seguros. Nesse ponto, a Diretriz deixa claro que tomadas comuns (modo 2) não poderão ser utilizadas para recarga de veículos elétricos, permitindo apenas o modo 3 (wallbox) e o modo 4 (carregadores rápidos) previstos na norma NBR IEC 61851-1.
Edifícios novos deverão contar com sistemas de detecção de incêndio, sprinklers (chuveiros automáticos) de resposta rápida e ventilação adequada. Já as edificações existentes deverão se adaptar com medidas específicas, como a instalação de sistemas de detecção de incêndio, a interligação dos sprinklers às redes de hidrantes, adequação das instalações elétricas às normas da ABNT e a implementação de planos formais de gerenciamento de risco.
A diretriz entrará em vigor em 180 dias. Para prédios já em uso, os prazos de adequação ficarão a cargo de cada estado, mas as normas referentes às instalações elétricas deverão ser aplicadas imediatamente após o período de transição.
O documento é resultado do trabalho do Conselho Nacional de Comandantes-Gerais dos Corpos de Bombeiros Militares (CNCGBM), também conhecido como LIGABOM, que reúne os comandantes-gerais dos Corpos de Bombeiros de todo o país. A elaboração contou com estudos internacionais, testes práticos e consulta pública com especialistas, representantes do setor automotivo, da construção civil e de entidades acadêmicas.
Ainda segundo a Diretriz, a atualização é necessária diante do crescimento da eletromobilidade no Brasil e do aumento dos riscos associados às novas tecnologias veiculares.
A diretriz completa está disponível e pode ser acessada neste link.
