O Porsche Cayenne Electric marca a virada mais importante do SUV desde a estreia da primeira geração. Agora em configuração totalmente elétrica, o modelo chega em família com duas opções, Cayenne Electric e Cayenne Turbo Electric, ambas com tração integral e foco em entregar a agilidade típica da marca com zero emissão local. Segundo a empresa, a eletrificação já responde por parte relevante das vendas globais e acelera em 2025.

O desenho preserva a identidade do Cayenne com proporções conhecidas e uma linguagem aerodinâmica mais limpa. A dianteira traz capô baixo e faróis Matrix LED estreitos, que concentram as funções de iluminação em um módulo. Os para-lamas ressaltados e a linha de teto suavemente inclinada reforçam a silhueta esportiva. As portas sem moldura e as saias laterais em acabamento bicolor salientam as proporções. Na traseira, a barra de luz tridimensional e o logo iluminado atualizam a assinatura visual. A versão Turbo adota detalhes em tom exclusivo, que aparecem em emblemas, rodas e frisos. Para uso fora de estrada, há um pacote Off-Road com seção frontal redesenhada para melhorar ângulos em trechos de terra e aclives mais severos.

A aerodinâmica é um dos destaques. Com coeficiente de arrasto de 0,25, o Cayenne Electric figura entre os SUVs mais eficientes nesse ponto. O sistema Porsche Active Aerodynamics ajusta abas de refrigeração, spoiler de teto e, no Turbo, aeroblades ativos que estendem a borda de escoamento do ar. O assoalho quase todo fechado, rodas com elementos aerodinâmicos e difusor traseiro completam o conjunto.


No chassi, a suspensão pneumática adaptativa com Porsche Active Suspension Management é item de série nas duas versões. O Turbo soma o diferencial traseiro autoblocante Porsche Torque Vectoring Plus. Há ainda direção no eixo traseiro, que esterça as rodas em até cinco graus para favorecer manobras e estabilidade, e o sistema Porsche Active Ride, que compensa movimentos de carroceria para manter conforto e controle em ritmos mais altos. A recuperação de energia chega a patamares de competição, com até 600 kW de potência regenerativa. No uso cotidiano, a marca informa que a imensa maioria das frenagens ocorre só pelos motores, com pouco acionamento dos freios mecânicos.





O coração elétrico é uma bateria de alta voltagem de 113 kWh, com refrigeração dupla para gerenciamento térmico mais eficiente. Os dados de autonomia segundo o padrão do Inmetro serão divulgados posteriormente. Com arquitetura de 800 volts, a recarga em corrente contínua atinge até 390 kW, podendo chegar a 400 kW em condições específicas. De 10% a 80% do estado de carga, o tempo fica abaixo de 16 minutos. Em 10 minutos, é possível adicionar energia suficiente para cerca de 325 km no Cayenne e 315 km no Turbo, de acordo com a fabricante. Como opcional, o modelo estreia carregamento por indução de até 11 kW, que inicia o processo automaticamente ao estacionar sobre uma placa instalada no piso.
O desempenho mantém o DNA esportivo. No Cayenne Turbo Electric, o conjunto recém-desenvolvido entrega até 850 kW, equivalentes a 1.156 cv, e 1.500 Nm, algo próximo de 153,0 kgfm, com o Launch Control ativo. A aceleração de 0 a 100 km/h ocorre em 2,5 segundos e a velocidade máxima é de 260 km/h. Em condução normal, estão disponíveis até 630 kW, ou 857 cv, com função temporária Push-to-Pass que adiciona 130 kW por 10 segundos. Já o Cayenne Electric oferece 300 kW, ou 408 cv, no uso cotidiano, chegando a 325 kW, ou 442 cv, e 835 Nm, aproximadamente 85,1 kgfm, com Launch Control. O zero a 100 km/h fica em 4,8 segundos e a máxima em 230 km/h.





No interior, o Cayenne Electric adota o Porsche Driver Experience com o Flow Display, um painel OLED curvo integrado à console central que separa claramente as áreas de visualização e de controle. Ele é complementado por um painel de instrumentos totalmente digital, com tecnologia OLED de 14,25 polegadas, e por uma tela opcional para o passageiro de 14,9 “. Pela primeira vez no Cayenne, há um head-up display com realidade aumentada que projeta virtualmente uma área equivalente a 87 polegadas a 10 metros à frente do veículo. Apesar da digitalização, funções de uso frequente, como climatização e volume de áudio, permanecem em botões físicos, e um apoio de mão facilita a operação dos comandos.

O espaço interno cresceu graças ao entre-eixos de 3,023 m, quase 13 cm maior que no modelo a combustão. O comprimento é de 4,985 m, a largura de 1,980 m e a altura de 1,674 m. O banco traseiro elétrico permite várias regulações, indo de postura de conforto a configuração voltada para carga. O porta-malas oferece de 781 a 1.588 litros, somados a um compartimento dianteiro de 90 litros. A capacidade de reboque chega a 3,5 toneladas. Entre os itens de conforto, o teto panorâmico deslizante com controle de luminosidade usa película de cristal líquido para regular a claridade, e o aquecimento de painéis amplia o calor para apoios de braço e portas. A iluminação ambiente ganhou animações e uma luz de comunicação que interage com ocupantes e sinaliza estados do sistema, como a recarga.

A oferta de personalização é ampla, com 13 cores externas, nove desenhos de rodas entre 20 e 22 polegadas, 12 combinações de interiores e pacotes específicos de acabamento. Programas de individualização permitem ir de uma paleta expandida de cores à criação de um exemplar único. Informações de mercado, disponibilidade e preços para o Brasil serão apresentados futuramente.
