Em entrevista recente à Top Gear — uma das publicações automotivas mais respeitadas do mundo —, Lars Moravy, vice-presidente de engenharia veicular da Tesla, afirmou que a empresa está “pensando” em uma versão mais compacta da Cybertruck. Embora tenha destacado que não há nada sendo feito, também não descartou a possibilidade.
A ideia faz sentido. A Cybertruck atual tem proporções fora do comum e enfrenta dificuldades práticas no dia a dia: não cabe em garagens convencionais, não atende normas de segurança de pedestres em diversos países e pesa quase 7 toneladas. Além disso, sua proposta visual ousada ainda gera estranhamento, inclusive nos Estados Unidos.


Uma versão menor poderia corrigir boa parte desses problemas. Com dimensões mais compactas, o modelo se tornaria mais viável para uso urbano, atenderia exigências legais de outros mercados e teria custo de produção (e de venda) reduzido. Também ajudaria a reposicionar a Cybertruck como uma picape funcional, e não apenas uma curiosidade de design.
Desde sua revelação em 2019, a Cybertruck se tornou um fenômeno cultural — marcada pela cena do vidro “inquebrável” que quebrou durante a apresentação. Muitos entusiastas fizeram reservas impulsionados pela estética futurista, mas o modelo final decepcionou parte do público ao ser mais caro, mais pesado e menos capaz do que o prometido.
Uma “mini Cybertruck” poderia reposicionar o projeto, tornando-o mais racional, acessível e adequado para um público mais amplo, inclusive fora das redes sociais.
