A Volkswagen confirmou que, a partir de 2026, todos os modelos desenvolvidos na América do Sul terão versões eletrificadas. Os novos modelos incluirão variações híbridas leves, híbridas convencionais e híbridas plug-in. O primeiro carro dessa geração será produzido na fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP), e contará com sistema híbrido flex, que combina motor elétrico e motor a combustão capaz de funcionar com etanol ou gasolina.
Para viabilizar o projeto, a Volkswagen firmou um acordo com o BNDES para o financiamento de R$ 2,3 bilhões. O valor será utilizado no desenvolvimento dos novos modelos, em tecnologias de segurança e conectividade e na expansão das exportações. A montadora já é líder nacional em volume exportado, com mais de 4,4 milhões de unidades enviadas a 147 mercados desde 1970.
Durante a cerimônia de assinatura do contrato com o banco, realizada na fábrica Anchieta, estiveram presentes o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e executivos da empresa. O presidente e CEO da Volkswagen do Brasil, Ciro Possobom, afirmou que a iniciativa reforça o compromisso da montadora com a inovação e com o fortalecimento da indústria nacional.

O plano faz parte de um investimento mais amplo, de R$ 20 bilhões até 2028, que abrange 21 novos veículos na América do Sul, sendo 17 deles destinados ao mercado brasileiro. Segundo a marca, a eletrificação será um dos pilares dessa nova fase, ao lado da conectividade e da segurança.
Além do desenvolvimento dos híbridos, o aporte do BNDES também financia tecnologias de assistência ao condutor e de conectividade. A marca quer tornar recursos como frenagem automática, alerta de colisão e integração de sistemas de bordo mais acessíveis a toda a linha.
A Volkswagen reforça que suas ações de sustentabilidade no país estão alinhadas à meta global de neutralizar as emissões de carbono até 2050. Todas as fábricas da marca no Brasil já utilizam energia elétrica proveniente de fontes renováveis e possuem certificação Lixo Zero, que garante o descarte ambientalmente correto dos resíduos.
Outra iniciativa relevante é o uso de biometano no processo produtivo, principalmente na etapa de pintura das fábricas de Anchieta e Taubaté. O combustível renovável reduz em até 99% as emissões de CO2 em comparação com o gás natural.
As exportações seguem em alta e continuam como um dos pilares estratégicos da marca. Entre janeiro e setembro de 2025, o volume de veículos exportados aumentou 43% em relação ao mesmo período do ano anterior. Para o BNDES, o crédito à exportação é essencial para fortalecer a presença das empresas brasileiras no exterior e gerar empregos no país.
