A GWM Brasil inaugurou oficialmente sua fábrica em Iracemápolis, no interior de São Paulo, consolidando sua presença industrial no país. É a primeira unidade produtiva da marca nas Américas com base completa de produção, incluindo áreas de soldagem, pintura robotizada, montagem e logística integrada.

A cerimônia contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, dos ministros Luiz Marinho (Trabalho e Emprego) e Márcio França (Empreendedorismo, Micro e Pequenas Empresas). Representando a GWM, estiveram presentes o CEO global Mu Feng, o presidente da GWM International Parker Shi, o presidente da GWM Brasil & México Andy Zhang, além dos executivos Diego Fernandes (COO), Marcio Alfonso (diretor de Produção) e Ricardo Bastos (diretor de Assuntos Institucionais).

Produção nacional e primeiro veículo fabricado
A planta de Iracemápolis inicia suas operações com três modelos confirmados: o SUV híbrido Haval H6, produzido nas quatro versões já vendidas no Brasil, a picape média Poer P30 e o SUV de sete lugares Haval H9, ambos equipados com motor turbodiesel. Durante a inauguração, Lula participou da finalização do primeiro veículo fabricado no país, um Haval H6 GT branco, aplicando o adesivo “fabricado no Brasil”.

Com área total de 1,2 milhão de metros quadrados e 94 mil metros quadrados de área construída, a unidade tem capacidade para produzir até 50 mil veículos por ano. Atualmente, emprega 600 pessoas, número que deve chegar a 1.000 até o fim de 2025 e superar 2.000 quando começarem as exportações para países da América Latina.

Centro de Pesquisa e Desenvolvimento
No mesmo evento, a GWM anunciou a criação de seu primeiro Centro de Pesquisa e Desenvolvimento no Brasil. O espaço será construído ao lado da fábrica e terá 15 mil metros quadrados de área total, sendo 4 mil metros quadrados de área construída. Inicialmente contará com mais de 60 técnicos e engenheiros dedicados ao desenvolvimento e teste de veículos adaptados às condições de rodagem e às preferências do consumidor brasileiro, com foco em tecnologia flex. O quadro de profissionais deve crescer conforme o avanço das obras e da estrutura do complexo.
Investimento e fornecedores nacionais
O plano de investimento da GWM no Brasil é de 10 bilhões de reais em dez anos. A primeira fase, até 2026, prevê 4 bilhões de reais destinados ao lançamento da marca e à reativação e ampliação da fábrica de Iracemápolis. Entre 2027 e 2032, serão aplicados mais 6 bilhões de reais para ampliar a nacionalização de peças, desenvolver novos produtos e gerar mais empregos.

A produção seguirá o modelo “peça por peça” (part by part), mais complexo que os sistemas SKD e CKD tradicionais, garantindo conteúdo nacional desde o primeiro ano. Todos os veículos terão pintura feita no Brasil e incorporarão componentes de fornecedores locais. Atualmente, 18 empresas já participam da cadeia produtiva, entre elas Basf, Bosch, Continental, Dupont e Goodyear, de um universo de mais de 110 interessadas.
A GWM Brasil também está inscrita no programa federal Mover, que concede incentivos fiscais a fabricantes que investem em produção local e pesquisa e desenvolvimento, fortalecendo o compromisso da empresa com a indústria automotiva brasileira.

